Estamos vivendo tempos difíceis no mundo todo. Ligar a TV
ou abrir uma página de notícias na internet nesses dias é um verdadeiro show de
horrores. Parece que estamos assistindo a um filme de ficção científica. Países
com as fronteiras fechadas, as ruas de Roma sem turistas, pessoas trancadas em
suas casas e tantas outras medidas que a gente só via em filmes. Mesmo assim,
em filmes que eu nem gosto de ver.
Talvez, tudo isso venha para a reflexão. Uma necessária
reflexão de nossa condição de seres humanos. Às vezes, a gente precisa lembrar
que ainda somos humanos, que a vida não é só ter sucesso no trabalho e ganhar
dinheiro. Às vezes, a gente precisa lembrar que a vida não é só viajar para
colocar fotos nas redes sociais, que a nossa curta existência nesse planeta não
se resume ao fantástico mundo do Instagram, que existe vida fora do celular.
Ainda somos humanos. E somos frágeis. Muitos frágeis.
Como dizia o nosso querido arquiteto Oscar Niemeyer: “a vida é só um sopro”.
Talvez, esse momento estranho veio para nos mostrar o
quanto somos frágeis. Mais do que isso, o quanto somos dependentes uns dos
outros. Nossa vida, meus amigos, não se resume somente ao nosso umbigo,
opiniões e interesses mesquinhos. Nós dependemos uns dos outros. Por mais que
muitos se achem invencíveis, incríveis e imortais, dependemos sim uns dos
outros.
Eu sei que dá vontade de fugir para uma ilha deserta,
enquanto tudo isso se resolve do lado de cá. Mas não é assim que funciona, o
ser humano vive em sociedade e dependemos uns dos outros. Nesse momento, não há
outro caminho, precisamos agir em favor do coletivo e fazer a nossa parte para
o bem de todos, mesmo que sejam pequenas ações de compaixão, solidariedade e
esperança, como não estocar comida em casa. Ações coletivas podem fazer a
diferença e só a solidariedade salvará todos nós.
A humanidade é uma só e somos todos muitos frágeis.
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