sexta-feira, 20 de março de 2020

Somos frágeis





Estamos vivendo tempos difíceis no mundo todo. Ligar a TV ou abrir uma página de notícias na internet nesses dias é um verdadeiro show de horrores. Parece que estamos assistindo a um filme de ficção científica. Países com as fronteiras fechadas, as ruas de Roma sem turistas, pessoas trancadas em suas casas e tantas outras medidas que a gente só via em filmes. Mesmo assim, em filmes que eu nem gosto de ver.

Talvez, tudo isso venha para a reflexão. Uma necessária reflexão de nossa condição de seres humanos. Às vezes, a gente precisa lembrar que ainda somos humanos, que a vida não é só ter sucesso no trabalho e ganhar dinheiro. Às vezes, a gente precisa lembrar que a vida não é só viajar para colocar fotos nas redes sociais, que a nossa curta existência nesse planeta não se resume ao fantástico mundo do Instagram, que existe vida fora do celular.

Ainda somos humanos. E somos frágeis. Muitos frágeis. Como dizia o nosso querido arquiteto Oscar Niemeyer: “a vida é só um sopro”.

Talvez, esse momento estranho veio para nos mostrar o quanto somos frágeis. Mais do que isso, o quanto somos dependentes uns dos outros. Nossa vida, meus amigos, não se resume somente ao nosso umbigo, opiniões e interesses mesquinhos. Nós dependemos uns dos outros. Por mais que muitos se achem invencíveis, incríveis e imortais, dependemos sim uns dos outros.

Eu sei que dá vontade de fugir para uma ilha deserta, enquanto tudo isso se resolve do lado de cá. Mas não é assim que funciona, o ser humano vive em sociedade e dependemos uns dos outros. Nesse momento, não há outro caminho, precisamos agir em favor do coletivo e fazer a nossa parte para o bem de todos, mesmo que sejam pequenas ações de compaixão, solidariedade e esperança, como não estocar comida em casa. Ações coletivas podem fazer a diferença e só a solidariedade salvará todos nós.

A humanidade é uma só e somos todos muitos frágeis.



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