terça-feira, 24 de março de 2020

Nossas máscaras de todos os dias



Nesses dias sombrios e alarmantes, com as cidades desertas e tudo fechado: shoppings, cinemas, parques, escolas. Nesses dias de famílias inteiras trancadas em suas casas, com a circulação pelas ruas limitada, temos visto um acessório estranho em muitas pessoas: as máscaras.

Quem não ficou espantado outro dia com aquela entrevista coletiva do presidente com seus ministros usando máscaras? Não foi meio assustadora aquela imagem? Que mundo é esse em que estamos vivendo? 2020 vai passar para a história como o ano das máscaras?

A máscara talvez seja somente o lado mais visível de uma sociedade doente, de um momento complicado que o mundo está vivendo. Mas será que só agora estamos usando máscaras?

Acredito que estamos, há muito tempo, de máscaras. Apenas, nessa crise, elas ficaram visíveis. Antes, estávamos usando máscaras invisíveis, que para mim, são muito mais assustadoras e perigosas que as atuais, que começamos a usar nos últimos dias.

Quem de nós não coloca uma máscara quando vai para o trabalho? Quem de nós não coloca uma máscara quando vai para uma festa de família? Quem de nós não coloca máscara quando conversa com amigos? Quantas máscaras não usamos nas redes sociais? Quem nunca usou uma máscara, que atire a primeira pedra.

Talvez, o uso de máscaras também veio para a nossa reflexão. Quando foi que deixamos de ser nós mesmos, para colocarmos as máscaras que a sociedade exige? Será que depois que passar esse momento difícil, não seria a hora de tiramos todas as máscaras, as visíveis e, principalmente, as invisíveis?

Eu quero um mundo sem máscaras. Que os sorrisos, as tristezas e todos os demais sentimentos, estejam sempre visíveis. Seja você mesmo, com seus sorrisos e tristezas, em qualquer lugar e em qualquer situação.

Sem as máscaras, o ar será mais puro para todos nós...


sexta-feira, 20 de março de 2020

Somos frágeis





Estamos vivendo tempos difíceis no mundo todo. Ligar a TV ou abrir uma página de notícias na internet nesses dias é um verdadeiro show de horrores. Parece que estamos assistindo a um filme de ficção científica. Países com as fronteiras fechadas, as ruas de Roma sem turistas, pessoas trancadas em suas casas e tantas outras medidas que a gente só via em filmes. Mesmo assim, em filmes que eu nem gosto de ver.

Talvez, tudo isso venha para a reflexão. Uma necessária reflexão de nossa condição de seres humanos. Às vezes, a gente precisa lembrar que ainda somos humanos, que a vida não é só ter sucesso no trabalho e ganhar dinheiro. Às vezes, a gente precisa lembrar que a vida não é só viajar para colocar fotos nas redes sociais, que a nossa curta existência nesse planeta não se resume ao fantástico mundo do Instagram, que existe vida fora do celular.

Ainda somos humanos. E somos frágeis. Muitos frágeis. Como dizia o nosso querido arquiteto Oscar Niemeyer: “a vida é só um sopro”.

Talvez, esse momento estranho veio para nos mostrar o quanto somos frágeis. Mais do que isso, o quanto somos dependentes uns dos outros. Nossa vida, meus amigos, não se resume somente ao nosso umbigo, opiniões e interesses mesquinhos. Nós dependemos uns dos outros. Por mais que muitos se achem invencíveis, incríveis e imortais, dependemos sim uns dos outros.

Eu sei que dá vontade de fugir para uma ilha deserta, enquanto tudo isso se resolve do lado de cá. Mas não é assim que funciona, o ser humano vive em sociedade e dependemos uns dos outros. Nesse momento, não há outro caminho, precisamos agir em favor do coletivo e fazer a nossa parte para o bem de todos, mesmo que sejam pequenas ações de compaixão, solidariedade e esperança, como não estocar comida em casa. Ações coletivas podem fazer a diferença e só a solidariedade salvará todos nós.

A humanidade é uma só e somos todos muitos frágeis.



domingo, 8 de março de 2020

A razão de tudo





Ainda que dominasse as forças da natureza, os animais, as florestas, os grandes rios, sem a beleza da mulher, o homem seria um animal como qualquer outro. Sem a mulher, não haveria o homem.

Ainda que conquistasse todos os mares, as distâncias mais longas, os lugares mais exóticos, sem o sorriso da mulher, seria uma conquista em vão. Não teria para quem contar suas vitórias.

Ainda que fizesse as mais belas músicas, pinturas e poesias, sem os olhos e ouvidos da mulher, não teria graça alguma, sem um coração de mulher para comover.

Ainda que ficasse rico, poderoso e famoso, sem a graça da mulher, para que valeria tudo isso? Não teria a mulher para formar sua família.

A mulher é a beleza, o amor, a graça, o charme e o sorriso. Por ela, todas as conquistas, as vitórias e as artes foram feitas. Só por ela.

A mulher é o sal da terra, o colorido da vida e a luz do mundo. Sem ela, a vida na terra seria sem gosto, graça e luz. Não teria razão de ser.

Por causa da mulher, o homem aprendeu, conquistou, evoluiu. E por ela, o homem promove o impossível.