Você
chega ao fim do dia com aquela sensação de que seu dia foi improdutivo. Lá
pelas dez da noite você joga os braços para cima, solta um palavrão e diz
chateado: poxa, não fiz nada que programei hoje.
Calma,
amigo. Isso é a coisa mais normal do mundo. Acontece com você, comigo, com seu
chefe, com aquele seu colega ao lado que parece tão bom de serviço e com quase
todos nós, sufocados pelos tantos estímulos e compromissos dos tempos modernos.
Você
olha ao redor e tem a frustrante sensação de que todas as pessoas parecem mais
produtivas, mais resolvidas e com mais tempo que você. Bobagem. Estamos todos
sofrendo com a falta de tempo. Falta de tempo é o grande mal dos nossos dias.
O
que fazer para sermos mais produtivos? O que fazer para fazermos mais? O
que fazer com nossas míseras 24 horas por dia? O que fazer?
A
solução talvez esteja em aceitar que somos imperfeitos, que não temos como
abraçar o mundo. Como dizia Raul Seixas: “Saber que é humano, ridículo,
limitado, que só usa dez por cento de sua cabeça animal...”
Tomar
consciência de nossas limitações já é um ótimo começo. O próximo passo, como
sugestão, é ir na contramão do mundo: vamos ser mais lentos. Isso mesmo: vamos
fazer as coisas mais devagar, com calma, com mais carinho, atenção e paciência.
Menos fast, mais slow.
Estamos
muito rápidos, impacientes e superficiais. Vamos buscar ser mais lentos,
pacientes e profundos.
No
fim do dia, quem sabe teremos a tranquilidade de dizermos a nós mesmos: fiz tão
pouco hoje. Mas o pouco que fiz, foi bem feito. Assim, daremos um sorriso de
autoconfiança e dormiremos com a sensação de dever cumprido.
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